Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Diretores de escolas são apresentados à campanha "Aqui mosquito não se cria"

03/02/2017 15:20:00  » Autor: Fotos: Edvaldo Reis, Hélio Melo e Mariana Ramos


Com o início do ano letivo na rede municipal de ensino, as secretarias municipais de Saúde (SMS) e de Educação, Esportes e Lazer (SMEEL) reuniram, nesta sexta-feira (3/02), os diretores das 1.537 escolas públicas para a apresentação da campanha "Aqui mosquito não se cria". A ação integrada das duas pastas é prevista no decreto do prefeito Marcelo Crivella que institui Estado de Alerta na cidade contra as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

 

Como mais de 80% dos focos do vetor encontram-se dentro das residências, a proposta é mobilizar a comunidade escolar, estimada em mais de 2 milhões de pessoas, no combate ao causador da dengue, da zika e da chikungunya.


- A luta contra a dengue, a zika e a chikungunya é de todos nós. Por isso, é muito importante o envolvimento de toda a sociedade. Estamos aqui para pedir a ajuda dos nossos diretores nessa ação, para alertar os alunos e suas famílias sobre como combater o mosquito e evitar essas doenças - disse o prefeito Marcelo Crivella, que participou do encontro promovido pela SMS e pela SMEEL no Centro de Convenções SulAmérica, na Cidade Nova.

 

O evento teve como objetivo apresentar as ações de prevenção às arboviroses aos profissionais de educação e a estratégia para potencializar, a partir das escolas, a divulgação da informação e orientações sobre a importância e a forma de se evitar o surgimento dos focos do Aedes aegypti. Considerando o importante papel dos professores no diálogo e mobilização de crianças, jovens e famílias cariocas, o trabalho conjunto das secretarias de Saúde e Educação pretende estimular as pessoas a assumir sua responsabilidade na prevenção das doenças, aprendendo a cuidar melhor de suas residências, locais de trabalho e vizinhanças.

 

- O combate ao Aedes aegypti deve ser feito com ações integradas. Nosso maior desafio é trazer a população para nos ajudar nessa missão contra esse mosquito que tem tirado nosso sono. Precisamos que todos sejam soldados nessa batalha, cuidando das suas próprias casas e vizinhanças para evitar que o mosquito nasça. Para prevenir uma possível epidemia das arboviroses, principalmente da chikungunya, que nossa população não tem imunidade, precisamos unir forças e contamos com a ajuda dos diretores e professores para isso -  disse o secretário municipal de Saúde, Carlos Eduardo de Mattos.

 

O secretário de Educação, Esportes e Lazer, César Benjamin, acrescentou que a ideia é usar a capilaridade da rede municipal de ensino, com mais de 1.500 escolas espalhadas por todo o município, 650 mil alunos (em torno de 1,2 milhão de pais ou responsáveis), 60 mil professores e funcionários, para transmitir as informações e orientações sobre o combate ao Aedes aegypti e sobre a prevenção das doenças causadas por ele, e conscientizar o maior número de pessoas possível sobre a importância de evitar que o mosquito faça seus criadouros dentro das casas e comunidades.

 

- A estrutura mais capilarizada da prefeitura é o sistema educacional, com mais de 1.500 escolas, 650 mil alunos e 43 mil professores. A ideia é transformar toda essa estrutura em um grande exército contra o Aedes. Estamos começando a campanha, definindo o cronograma das escolas para durar durante esses três primeiros meses, fevereiro, março e abril, que são os meses que a Fiocruz nos alerta de que a epidemia poderá estar em ascensão. Então, teremos aí uma mobilização que vai atingir, certamente, milhares de pessoas para uma ação ativa contra o Aedes. Estamos pedindo a todos os lares do Rio para que dedique dez minutos por semana para combater a água parada na sua casa, quintal e entorno - disse o secretário municipal de Educação, Esportes e Lazer, César Benjamin.

 

 

A expectativa é de que os alunos e suas famílias, bem como os próprios profissionais de educação e suas respectivas famílias, também se tornem multiplicadores de informações e dos materiais de divulgação, como cartas aos responsáveis, ofícios e folhetos com orientações para eliminação dos focos do mosquito em seus territórios. Para isso, está sendo preparada inicialmente uma tiragem de três milhões de folhetos sobre as doenças e sintomas, além de material educativo para ser distribuído por toda a cidade.

 

Um site com informações úteis e detalhes sobre os sintomas das doenças e um aplicativo para tablet e celular – que traz uma lista de tarefas simples a serem realizadas semanalmente – também fazem parte da estratégia de promoção da saúde. Os materiais serão lançados, nesta sexta-feira, durante o encontro com os diretores, e estarão disponíveis para download na internet, no site da campanha e no Portal Rioeduca. O aplicativo "Aqui mosquito não se cria", desenvolvido pela MultiRio, também está disponível para download gratuito na Play Store, por enquanto apenas para celulares com o sistema Android.

 

Na próxima segunda-feira (6), terá início nas escolas da rede municipal uma mobilização contra o Aedes aegypti. A ideia é que, de segunda a sexta-feira, sejam realizadas em todas as unidades, em conjunto com as equipes das clínicas da família e centros municipais de saúde de cada região, ações de orientação dos alunos – com participação direta dos representantes de turma e grêmios estudantis – e também dos pais e responsáveis.

 

 

Na sexta (10), haverá caminhadas ao redor das escolas, nas quais os alunos, acompanhados de agentes de vigilância em saúde e agentes comunitários de saúde, ajudarão na identificação e eliminação de possíveis focos do mosquito nas comunidades. A proposta da Secretaria de Educação, Esportes e Lazer é de que em cada um dos próximos dois meses haja outras semanas de mobilização.

 

No sábado (11), dia de mobilização contra o mosquito na cidade, serão realizadas atividades integradas aos demais órgãos públicos que vão participar da ação.


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